Volkswagen Gol Power 1.6 põe cara nova na alma de sempre
VW Gol Power 1.6 2013: aparência nova com a mesma essência -- e essa é a melhor notícia
Em time que está ganhando não se mexe? O ditado não vale para a
Volkswagen, que quer provar o contrário com o lançamento do Gol "G6".
Sim, G6, de Geração 6, como eles mesmos sobrenomearam o carro durante a
apresentação (na verdade, trata-se de um facelift da terceira geração,
conhecida como G5).
Após quatro anos sem alterações estéticas, o
líder de vendas do Brasil desde 1987 entrou na onda de "identidade
visual" e ganhou a cara do Fox, como já era esperado. A ideia ao
atualizar o visual é reforçá-lo ainda mais contra a concorrência --
aliás, principalmente contra aqueles que ainda nem chegaram, casos de Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e Toyota Etios.
GOLAÇO
Por fora, o Gol ficou mais bonito. Sim, é a mesma frente do Fox e do resto da turma (Jetta, Passat e, claro, o Voyage), mas ela não deixa de ser elegante e atual. A traseira ganhou ar de Polo europeu
e prova que uma leve mexida pode mudar o aspecto do carro: o hatch
ficou com aparência mais agressiva, principalmente nas versões mais
caras.
O cluster abandonou a cor azul, reinaugurada no "G3", e
voltou a utilizar fundo branco como no "G4" (ainda em linha), só que
mais claro e organizado: antes com apenas um mostrador no G4, agora o
painel de instrumentos é duplo e já traz de série conta-giros, item não
existente no
Interior manteve o formato e refinamento e ainda ganhou cuidados, como os detalhes cromados
Os detalhes internos, que já podiam ser considerados dos mais
bem-cuidados do segmento, ganharam ainda mais esmero e vidros dianteiros
e travas elétricas viram itens de série desde a versão mais básica.
Além disso, o Gol passa a oferecer ainda mais equipamentos na
configuração de entrada.
São eles: botão interno para abertura
do porta-malas, banco do motorista com regulagem de altura,
desembaçador, limpador e lavador do vidro traseiro com temporizador,
cintos traseiros retráteis (somente os laterais), para-sóis com espelho e
chave de seta com função de um toque (que pisca três vezes a luz de
seta automaticamente).
Apesar do upgrade no conjunto, a lista de
opcionais do novo Gol continua gigantesca, e por isso a diferença de
preço entre a configuração "pé-de-boi" e uma minimamente equipada é
maior ainda. Anote: o primeiro pacote opcional chama-se Trend e adiciona
direção hidráulica, rodas de aço de 15 polegadas com calotas, sistema
de som com MP3, USB e Bluetooth, além de 4 alto-falantes e 2 tweeters,
computador de bordo e volante multifuncional (somente com os comandos de
rádio). Já o opcional Bluemotion Technology soma ao conjunto pneus com
menor resistência à rolagem e indicador de troca de marcha e de consumo
instantâneo. A união desses dois pacotes chama-se I-Trend Bluemotion
Technology; apesar de ainda não ter preço oficial, não deve sair por
menos de R$ 3 mil.
Tem mais: é possível aplicar opcionais individuais, entre eles,
ar-condicionado, vidro elétrico nas quatro portas, chave-canivete e
travamento central das portas por botão no painel, alarme, retrovisor
direito rebatível para auxílio em manobras (tilt down, como no Polo),
rodas de liga-leve de 14 polegadas, faróis e lanterna de neblina, airbag
duplo, freios ABS (antitravamento) e sensor de estacionamento.
ACELERA UOL Carros participou
de test-drive com a versão 1.6 Power pela ilha de Florianópolis, em
Santa Catarina, na semana passada. E a sensação mais importante
oferecida pelo carro é a de que o Gol mudou, sem mudar tanto. O 1.6 já
era divertido de se dirigir e manteve essa característica.
A boa
ergonomia no painel continua, com bancos alinhados e volante bem
posicionado, e o câmbio MQ200 (manual, com engates curtos) segue
aumentando o número de horas extras nos departamentos de engenharia das
fabricantes rivais; no caso do automatizado I-Motion opcional (por mais
R$ 2.600), apesar de os soluços nas trocas de marchas continuarem, as
borboletas atrás do volante garantem um toque esportivo ao Gol (leve,
bem leve), forma de, talvez, compensar a fraqueza no câmbio no modo
Drive.
O computador de bordo equipado com o sistema Eco Drive
(disponível para qualquer versão do novo Gol, independente do pacote
Bluemotion) indica o momento correto de se fazer as trocas de marcha e
ainda dá dicas ao motorista sobre a hora de fechar as janelas (para
diminuir o atrito aerodinâmico) ou o aviso de não pressionar
desnecessariamente o pedal do acelerador com o carro parado. Uma boa
opção para quem não quer tanta amizade com o frentista do posto.
O motor 1.6 é o mesmo do modelo anterior e nele não houve nenhuma
recalibração, ao contrário da versão 1.0, que ganhou novos mapeamento,
coletores de admissão e bicos injetores para economizar combustível. Mas
isso não é uma crítica: os propulsores da família EA111 com 1,6 litro
giram com vontade e o carro tem força de sobra para encarar uma subida
de serra.
Traseira do hatch ficou parecida com a do Polo europeu, mais encorpada e com visual invocado
Outra boa qualidade do compacto é sua aptidão para curvas. Poucos do
segmento são capazes de fazer isso como o hatch. O Gol continua firme
e, digamos, o mais esportivo entre os rivais. Se você reler uma
avaliação de um Gol 1.6 de um, dois ou três anos atrás verá que tudo
isso já foi escrito -- ou seja, ele continua o mesmo após sair do centro
de cirurgia estética. E essa é a melhor notícia que poderia existir.
O novo Gol custa a partir de R$ 27.990 (1.0 básico); R$ 31.890 na versão 1.6 de entrada (R$ 34.490 com câmbio I-Motion); e R$ 38.290 na configuração Power (R$ 40.890 a
Power I-Motion). Se você é fã do maior vendedor das últimas décadas e
procura um carro prático e que ande bem, o Gol 1.6 é a sua pedida.
FONTE UOL
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